Rodrigo Cesar de Souza da Silva, guarda municipal do Rio de Janeiro, foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e à perda do cargo público por liderar um esquema de pirâmide financeira que lesou colegas da corporação. A decisão foi proferida pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa com base na acusação apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
Além dele, outros três integrantes do grupo criminoso, Sindy Bernardes Leal, Thiago Araújo da Silva e Rodrigo Ferreira, foram sentenciados a cinco anos de reclusão por crimes relacionados à organização criminosa.
Detalhes da Operação
As condenações fazem parte da “Operação Alta Confiança“, deflagrada em novembro de 2023 pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRJ e pela Polícia Civil. A investigação revelou que o esquema movimentou cerca de R$ 134 milhões entre 2021 e 2022. Ao menos 12 servidores da Guarda Municipal denunciaram Rodrigo à Corregedoria, apontando-o como o responsável por fraudes financeiras.
Crimes e Sentença
O grupo foi acusado de estelionato, pirâmide financeira e organização criminosa, com práticas que exploravam financeiramente servidores municipais. O juiz Alexandre Abrahão destacou na sentença que as evidências contra os acusados eram claras, tornando inevitável a condenação.
Repercussão
A condenação representa um marco no combate a crimes financeiros no setor público. A sentença busca reforçar a integridade da Guarda Municipal e enviar uma mensagem contra práticas ilícitas dentro de instituições públicas.
O caso, que gerou grande repercussão, segue como exemplo da necessidade de vigilância contra crimes de colarinho branco em organismos públicos e privados.
